domingo, 7 de outubro de 2018

São Luís e a consagração a Jesus nas mãos de Maria

Você já deve ter ouvido falar de um livrinho chamado por alguns de “Tratado da Verdadeira Devoção a Nossa Senhora”, de São Luís Maria Grignion de Montfort. Este santo viveu na França e faleceu com 43 anos, em 1716. Sua obra foi escrita há aproximadamente 300 anos atrás, em 1712. Não se sabe bem porque, o manuscrito de São Luis ficou escondido e foi descoberto em 1842. Então, foi publicado e influenciou a vida de muitas pessoas.

São Luis foi um homem extraordinário. Filho de uma família rica, renunciou aos seus privilégios e se consagrou a Deus como padre. Era um grande missionário. Percorria cidades pregando o evangelho. Tinha um gênio muito forte e polêmico. Por isso, foi incompreendido em sua época. Sofreu perseguições, a ponto de ser proibido de celebrar a missa em algumas dioceses.

Uma característica forte de São Luís era o seu amor aos pobres. Desde o tempo do seminário já ajudava os colegas que não tinham recursos para pagar sua formação. Ele fundou congregações religiosas de homens e de mulheres, dedicadas a evangelizar, atender doentes e necessitados. Para ele, o evangelho e a promoção social andavam juntas.

São Luis alimentava uma espiritualidade centrada em Jesus Cristo, como mostra o seu livro “O amor da sabedoria eterna”. E era grande devoto de Maria. Escreveu por isso uma outra obra, para combater tanto aqueles que negavam a importância desta devoção, como também os que veneravam Maria e esqueciam de Jesus. Assim, na linguagem de sua época, ele conseguiu um equilíbrio sadio: dedicar a vida a Jesus, pelas mãos de Maria.

Infelizmente, hoje em dia há pessoas e grupos que não conhecem a vida e a obra total de São Luis e tomam somente alguns trechos de seu livrinho, espalhando confusão na Igreja. Dizem que temos que usar correntes, que somos escravos de Maria, que a consagração a Maria é mais forte do que a Jesus. Por isso, precisamos entender bem o pensamento de São Luis. Há muitas coisas preciosas em seus textos. Mas também há afirmações que já foram superadas e aperfeiçoadas, no correr da história da Igreja. O tempo não parou em 1712.  

Vamos mostrar então, nas próximas postagens, como São Luis Grignion de Montfort organizou este livrinho tão bonito, e a atualidade de sua mensagem.