terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Dizer teu nome, Maria

Dizer teu nome, Maria,
é dizer que a pobreza
compra os olhares de Deus.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que a promessa
vem com leite de mulher.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que a nossa carne
veste o silêncio do Verbo.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que o Reino chega
caminhando com a história.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer ao pé da cruz
e nas chamas do Espírito.
Dizer teu nome, Maria,
é dizer que todo nome
pode estar cheio de graça.
Dizer teu nome, Maria,
é chamar-te toda Sua,
causa da nossa alegria.
(Dom Pedro Casaldáliga)

Um comentário:

Luiz Antonio de Jesus Rêis disse...

Dizer o nome de Maria é juntar na mesma pessoa uma mãe e uma santa, uma mulher. Que simples como o próprio nome, à medida que ia vivendo conjugava muito bem as atribuições acima mencionadas. Sem perder o seu norte, Maria em sua vida, foi acompanhando a tradução do amor de Deus em linguagem humana, ela que também fez essa experiência não a quis só para si, mas buscou partilhar com seus convivas. A primeira partilha foi com o próprio Jesus, de seu corpo, de seu tempo, de seu alimento enfim de sua vida. Essa dedicação de mãe reconhecida por várias gerações e lembrada de diversas formas como, por exemplo, no canto das Pastorinhas de Araçuaí no nordeste de Minas Gerais, que diz assim: “De vós bela aurora no mundo reluz o sol da justiça, o Cristo Jesus”.Essa pequena estrofe nos reforça o que já sabemos, que o sim de Maria a constituiu bela com a beleza que vem do próprio Deus. Então dizer o nome de Maria é um convite a olhar para nossa relação com Deus e com os irmãos e irmãs e buscar servi-los de maneira simples e singela a exemplo de Maria.