sábado, 3 de agosto de 2013

A pressa de Maria

Assim que recebeu o anúncio de que seria mãe de Jesus, e que a sua prima Isabel estava grávida, Maria partiu logo, sem esperar. Não disse: ‘Mas, agora eu estou grávida, e devo cuidar da minha saúde. A minha prima terá amigas que talvez a ajudem’. Ela sentiu algo e ‘partiu com pressa’. É bonito pensar isso de Maria, da nossa Mãe que sai apressadamente, porque sente algo dentro de si: ajudar. Vai para colaborar, e não para se gloriar e dizer à prima: ´Escuta, agora sou eu que mando, porque sou a Mãe de Deus! Não, não agiu desse modo. Partiu para ajudar!

Maria é sempre assim. É a nossa Mãe, que vem sempre depressa quando nós precisamos dela. Seria bom acrescentar às Ladainhas de Nossa Senhora uma que reze assim: ´Senhora que vai depressa, ora por nós!`. Isso é belo! Porque Ela vai sempre à pressa, Ela não se esquece dos seus filhos. E quando os seus filhos se encontram em dificuldade, quando têm alguma necessidade e a invocam, ela vem depressa. E isso dá-nos uma segurança, a certeza de ter a Mãe ao lado, sempre ao nosso lado. Vamos, caminhamos melhor na vida, quando temos a mãe próxima de nós.
Pensemos nesta graça que Ela nos concede: de estar próxima de nós, mas sem nos fazer esperar. Sempre! Ela existe – tenhamos confiança nisso – para nos ajudar. Maria caminha sempre apressadamente por nós” (Papa Francisco, comentário num bairro de periferia no Norte de Roma, maio 2013).

Um comentário:

Márcio Bezerra disse...

Esta reflexão nos leva a compreender o papel daquela que se apresenta como serva. Embora a devoção popular tenha apresentado vários títulos à jovem de Nazaré, ela autodenomina-se simplesmente como "serva do Senhor" (Lc 1,38). Sua pressa indica que a servidão a Deus passa pelo serviço aos homens, de modo que o verdadeiro discípulo corre para servir o próximo. A mãe não espera de braços cruzados que Deus faça a sua vontade, ela mesmo se torna uma agente do querer de Deus. E, embora corra ao encontro de Isabel, não a serve de qualquer modo, mas revela Deus em seu serviço, que não é mero servilismo, mas amor e cuidado pelo ser humano. Aprendamos com Maria a gastar nosso tempo com o outro!