segunda-feira, 3 de dezembro de 2018

Maria no natal


Dezembro tem cheiro de festa e há sempre motivos para a gente se encontrar. Promovem-se confraternizações no ambiente de trabalho, com troca de pequenos presentes. As pessoas saem para comemorar com os amigos e as amigas. Em muitos lugares, acontece o recesso entre o natal e ano novo, ocasião viver a gratuidade do tempo. Na igreja, celebramos com alegria o 4º domingo do advento e a festa do natal. E para terminar o mês, a passagem do Reveillon, com música, roupa especial e muita esperança para o próximo ano.

Dezembro tem sabor de família. Os parentes se encontram para a ceia de natal, e na hora do almoço há algo mais para apurar nossos sentidos: odor e sabor de comida, perfume nas pessoas, lembranças de infância que retornam. A gente troca presentes. E há aqueles que visitam quem está sozinho. Natal é para se viver junto com os outros.

Maria é figura de destaque no tempo do natal. Ela nos trouxe Jesus, que é o presente de Deus para a humanidade. Em vez de nos dar coisas, Deus se deu a nós. Ofereceu o melhor que tinha, seu filho que veio habitar junto da gente. Quando os reis magos vieram à procura do messias, encontraram “o menino e sua mãe” (Mt 2,11). Maria estava ali na gruta de Belém, junto com José, cuidando do seu bebê. E o que fizeram os reis magos? ajoelharam-se dele, e num gesto de gratidão, trocaram presentes com a família de Nazaré. Pois eles reconheceram que já tinham recebido grande presente, Jesus. Por isso, caminharam tanto tempo, viajando dias e noites.

Quando o Filho de Deus se faz presente em Jesus de Nazaré, a festa começa e um espírito de família toma conta de todos. O céu desce à terra. Assim aconteceu com os anjos e os pastores. Os primeiros anunciaram com alegria que algo novo estava acontecendo: o salvador nasceu! (Lc 2,10-11). Glorificaram a Deus e convidaram os pastores para fazer parte de festa! E eles aceitaram. Saíram correndo até Belém (Lc 2,15-16). Eles repetiram o gesto de Maria, que saiu apressadamente para visitar Isabel (Lc 1,39). Sabe por que? O amor tem pressa e quer se expandir, contagiar, florescer.
A família de Nazaré, desde o começo, não vive fechada em si mesma. Ao seu redor se reúnem os pobres pastores dos campos e os estrangeiros de diferentes povos, línguas e nações. Sem contar ainda os minerais, as plantas e os animais: ouro, incenso, mirra, ovelhas, burrinho e boi, como representou São Francisco no presépio. É uma grande família, uma comunidade.

Quando você visitar o presépio, deixe-se envolver pelo clima de festa, de família e de comunidade. Maria está ali, juntinho de Jesus e pertinho de nós. Com seu leite materno nutre o bebê. Com o calor de seu aconchego nos alimenta no seu amor de mãe. Como nos diz o Papa Francisco: “Maria é aquela que sabe transformar um curral de animais na casa de Jesus, com uns pobres paninhos e uma montanha de ternura”.

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