Esta expressão poderia soar tão normal, pois hoje tudo se faz com pressa. Aliás, com estresse. O tempo se tornou tão rápido, que a gente não consegue mais contemplar os fatos com calma. Ontem foi lua cheia, e ninguém viu. Parece estranho alguém se deter em silencio para sentir a luz prateada da lua, ou provar os belos tons do entardecer, ou mesmo se guardar na memória o sorriso de outra pessoa.
Estranhamente, as pessoas apressadas também se tornam indiferentes. Pois o olhar e a atenção não se fixam em nada. Nesta correria, não se sabe bem para onde se dirige a existência. Há pressa, mas pouca mobilização. Muito movimento e pouca mudança. E talvez aí resida o segredo do relato da anunciação, compreendido à luz da existência contemporânea.
Maria sai em busca de Isabel, para partilhar sua alegria. A pressa não expressa estresse, mas sim um desejo enorme, a convicção, a generosidade. Do encontro, brota alegria. O Espírito Santo circula naquela pequena comunidade de mulheres grávidas. E por fim, Maria expressa sua gratidão a Deus: “O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é seu nome”.
Maria sai em busca de Isabel, para partilhar sua alegria. A pressa não expressa estresse, mas sim um desejo enorme, a convicção, a generosidade. Do encontro, brota alegria. O Espírito Santo circula naquela pequena comunidade de mulheres grávidas. E por fim, Maria expressa sua gratidão a Deus: “O Senhor fez em mim maravilhas, Santo é seu nome”.
Que a festa de visitação suscite em nós o desejo de ir ao encontro dos outros, com pressa e sem estresse. À luz desse encontro, cultivemos relações de qualidade. Que ela também renove a alegria e o senso de gratidão ao Deus que em nós também faz maravilhas.
Texto: Afonso Murad