sábado, 30 de maio de 2009

Maria, mãe da Igreja

Este texto, com finalidade pastoral, foi elaborado por Eduardo Dalabeneta, estudante de Teologia da Faculdade Dehoniana.

Muitas comunidades celebram nestes dias próximos à Solenidade de Pentecostes, Maria com o título de Mãe da Igreja. Mas qual é o sentido desse título? Existe aproximação dele com o mistério de Pentecostes?
A Igreja nasce do Coração de Cristo como sinal do seu amor e com a missão de continuar o que Ele ensinou e começou a fazer. No mesmo cenário em que seu coração ferido gerou a Igreja, Jesus fez de sua mãe a mãe de todos nós, quando no alto da cruz disse: “Eis aí tua Mãe”, “Eis aí teu filho”.
As primeiras comunidades, acolhendo as palavras de Jesus, acolheram também os gestos maternos de Maria e fizeram dela sua mãe. Estas comunidades encontraram no exemplo de Maria a mãe que se fez discípula e sempre esteve ao lado de seu Filho: acolhendo-o no mistério da encarnação, silenciosa na sua vida pública, de pé junto à sua cruz, exultante na sua ressurreição e orante na espera do Espírito Santo. Nela encontram o modelo da verdadeira fé, esperança e caridade.
A maternidade de Maria não se limitou apenas às primeiras comunidades. No caminhar da vida da Igreja sua maternidade se estendeu a todos que, renascidos nas águas do batismo, confessavam a Jesus como o Senhor. Assim, ela foi acolhida como mãe do povo de Deus, mãe amorosa que intercede ao Coração de Jesus pelos seus filhos.
Acolhendo os afetos filiais que os cristãos de todos os tempos e épocas dirigiam a Maria, o papa Paulo VI, no dia 21 de novembro de 1964, durante o Concílio Vaticano II, proclamou Maria a Mãe espiritual da Igreja, confiando à sua intercessão todos os cristãos que caminham em direção à vida plena em Deus. Saudamos a Mãe de Jesus, Mãe nossa, a Senhora Mãe da Igreja:

Senhora Mãe da Igreja,
Mãe de Jesus, Mãe nossa,
Que ensinastes ao menino Deus a beleza do amor humano,
E aprendestes com Ele a grandeza do amor divino,
Intercedei por nós!
Caminhando com Jesus no mistério de sua vida,
Aprendestes com Ele a ouvir, a acolher
E a por em prática a Palavra do Senhor.
Assim, vos fizestes discípula de teu Filho,
E Ele vos fez Mãe da comunidade, Mãe da Igreja!
Santa Maria, Mãe de Deus,
Olhai vossos filhos nas horas de luz e de cruz.
Levai-nos ao Coração de Jesus,
Para aprendermos com Ele,
A sermos discípulos-missionários.
Senhora Mãe da Igreja,
Caminhai conosco!
Levai-nos a agir em favor dos irmãos
Olhai por nós!
Intercedei por nós!

7 comentários:

INFO-DEUTSCHLAND disse...

O Dudu é o cara. Escreve muito e quando resolve colocar no papel seu conteúdo adquirido na teologia, dá licença... Muito bom.
Muito legal também é a possibilidade que o professor Murad deu para que o texto do Eduardo fosse postado nesse blog visitadíssimo. Ao menos eu tenho feito a maior propagando. O pessoal da minha comunidade tem acessado... Tenho esperança que fazendo o nosso pouco conseguiremos contribuir para uma evangelização mais inteligênte e por consequencia libertadora. O Murad cedeu espaço, o Dudu escreveu o texto e eu estou divulgando... Cada um fazendo o que pode. Vamos lá!

Victor disse...

Parabéns, Eduardo, pelo texto!!! Bela reflexão!!!

Unknown disse...

Muito bom, Eduardo!
Sua reflexão é altamnete pertinente, pois não projeta a maternidade de Maraia para com a Igreja a um nível etéreo. Pelo contrário você propõe uma aproximação, uma reflexão encarnada.
Parabéns pelo texto.]
Abraço.

Luis Paulo - Dehoniana disse...

Gostei muito do texto. Meu parabens, espero que possa escrever mais para nos ajudar, pois quanto mais as pessoas que sabem poderem contribuir para o blog em muito ajudará o nosso aprendizado.

Diomar disse...

Eduardo, sua oração é muito profunda teológica, pastoral e espiritualmente!

Roberto -ISTA disse...

Ao contemplar o documento de Aparecida, percebe-se a importância da devoção Maria na nossa realidade. Maria não é uma muleta da fé, mas uma perfeita inspiração para a “vocação humana”. A Mãe de Deus se faz luz, aos olhos do povo. Uma luz de amor, de mãe acolhedora em torno de tantas realidades sofridas, que agora em “Aparecida, convida-nos a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé”. Aos fiéis, Maria se faz exime educadora divina, que nos aproxima e intercede por nós junto a Deus.

rose disse...

Murad, esta oração final é de sua autoria? Posso usar no colégio Teresiano?