Nosso Deus se revela como o Pai criador, o Filho encarnado e
o Espírito que dá vida e nos santifica.
Quando proclamamos “Maria, mãe de
Deus”, conforme o dogma, afirmamos que ela é a mãe do Filho de Deus encarnado. A
pessoa inteira de Jesus Cristo, humano e divino. Ela não se torna uma deusa,
nem é adicionada da Trindade. Como Deus-Comunidade se entrega a nós através de
Jesus e do seu Espírito, a maternidade
de Maria toca cada pessoa divina.
Em relação a Deus-Pai, Maria é uma filha predileta,
escolhida por Ele. Alguém agraciada com ternura pelo Criador, que a moldou com
especial carinho. Ao mesmo tempo, Maria realiza, de forma humana, a eterna
geração que o Pai realiza com o Filho, no seio da Trindade. Como toda mãe, ela
é figura humana do amor criador de Deus.
Em relação ao Filho de Deus encarnado, Maria é mãe,
educadora, discípula e companheira. Seu relacionamento com Jesus foi além dos
laços de família. Esteve junto de Jesus durante a vida terrena, e agora,
glorificada, continua pertinho do Filho ressuscitado, o Nosso Senhor.
Em relação ao Espírito Santo, Maria é a pessoa contemplada,
ungida, transparente. Tornou-se um templo vivo de Deus. Os frutos do Espírito
possibilitaram que ela se transformasse, por Graça de Deus, na mãe do messias e
mãe da comunidade. Maria participa de
Pentecostes (At 1,13s e 2,1). O Espírito, derramado sobre a comunidade cristã,
se torna o fogo que nos aquece e ilumina no seguimento a Jesus.
Quando se diz, que Maria é “mãe do criador”, não se fala aí
de Deus Pai, mas do Filho de Deus que participa da criação (Jo 1,2s). A
maternidade não diz respeito a Deus-Pai, nem ao Espírito Santo. Assim é a
relação profunda de Maria com a Trindade: filha amada de Deus Pai, Mãe do Filho
de Deus encarnado, ungida pelo Espírito.
Maria nos leva sempre
a Jesus. Assim, vivemos nossa vocação de discípulos/as missionários/as do
Senhor. E provamos a beleza da Trindade: Deus antes de nós (o Pai materno),
Deus conosco (Jesus) e Deus em nós (Espírito Santo).
Afonso Murad - Material do Ano Mariano, publicado no folheto O Domingo
Imagem: Eva Campbell
Um comentário:
Gosto muito de me chamar Maria. Tenho a obrigação de procurar manter uma ligação especial com Jesus. Quisera que mais mães dessem o nome de Maria a suas filhas!
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