domingo, 11 de junho de 2017

Maria e a Trindade

Nosso Deus se revela como o Pai criador, o Filho encarnado e o Espírito que dá vida e nos santifica. 

Quando proclamamos “Maria, mãe de Deus”, conforme o dogma, afirmamos que ela é a mãe do Filho de Deus encarnado. A pessoa inteira de Jesus Cristo, humano e divino. Ela não se torna uma deusa, nem é adicionada da Trindade. Como Deus-Comunidade se entrega a nós através de Jesus e do seu Espírito,  a maternidade de Maria toca cada pessoa divina.

Em relação a Deus-Pai, Maria é uma filha predileta, escolhida por Ele. Alguém agraciada com ternura pelo Criador, que a moldou com especial carinho. Ao mesmo tempo, Maria realiza, de forma humana, a eterna geração que o Pai realiza com o Filho, no seio da Trindade. Como toda mãe, ela é figura humana do amor criador de Deus.
Em relação ao Filho de Deus encarnado, Maria é mãe, educadora, discípula e companheira. Seu relacionamento com Jesus foi além dos laços de família. Esteve junto de Jesus durante a vida terrena, e agora, glorificada, continua pertinho do Filho ressuscitado, o Nosso Senhor.
Em relação ao Espírito Santo, Maria é a pessoa contemplada, ungida, transparente. Tornou-se um templo vivo de Deus. Os frutos do Espírito possibilitaram que ela se transformasse, por Graça de Deus, na mãe do messias e mãe da comunidade. Maria  participa de Pentecostes (At 1,13s e 2,1). O Espírito, derramado sobre a comunidade cristã, se torna o fogo que nos aquece e ilumina no seguimento a Jesus.

Quando se diz, que Maria é “mãe do criador”, não se fala aí de Deus Pai, mas do Filho de Deus que participa da criação (Jo 1,2s). A maternidade não diz respeito a Deus-Pai, nem ao Espírito Santo. Assim é a relação profunda de Maria com a Trindade: filha amada de Deus Pai, Mãe do Filho de Deus encarnado, ungida pelo Espírito.

Maria nos leva sempre a Jesus. Assim, vivemos nossa vocação de discípulos/as missionários/as do Senhor. E provamos a beleza da Trindade: Deus antes de nós (o Pai materno), Deus conosco (Jesus) e Deus em nós (Espírito Santo).

Afonso Murad - Material do Ano Mariano, publicado no folheto O Domingo
Imagem: Eva Campbell

Um comentário:

Majosé disse...

Gosto muito de me chamar Maria. Tenho a obrigação de procurar manter uma ligação especial com Jesus. Quisera que mais mães dessem o nome de Maria a suas filhas!